A-CO!

Ultimamente o cansaço apoderou-se de nós de tal forma que quase não temos forças para brincadeiras superiores a 15 minutos. É um quarto de hora de muita palhaçada, cócegas, cantigas e patati patata e vai daí agora estão ali os teus brinquedos. Não é bem assim, mas é quase.

Ontem à noite cada um de nós sentado na sua poltrona e muito a este ritmo conversávamos enquanto a sirigaita de chupeta na boca e mão na cabeça, fazendo cócegas no seu próprio cabelo (a isto chamamos sono) lembra-se de correr até à perna da mamã encostar a cabeça em forma de mimo e dizer "Meu amôoo". Pulei de alegria e disse: "Meu amor? Ouvi bem? Meu amôoo! Faz ao papá..." Vai ela a correr até ao papá, encosta a cabeça na pernoca do papá e diz "Meu amôoo" Começámos os dois a rir, ela achou uma piadona e continuou naquele frenesim fantástico duma forma incansável até eu não aguentar mais a emoção e pegar ao colinho, muito colinho, muitos beijinhos, muito esmaganço e sussurrar ao ouvido A-DO-RO-TE! e ela repetiu A-CO.

É por isso que atualmente até o estar cansado tem outro sabor, outra expressão e outra forma de interpretação. É tudo tão relativo quando se gosta e gosta muito. É tudo tão relativo quando há algo mais forte e mais importante. 

A-CO.