A essência deste feriado custa-me. Sempre me custou. Há já uma boa meia dúzia de anos que não ponho os pés no(s) cemitério(s). Tenho para mim que as visitas a este local de culto são bem mais viáveis e sinceras em dias menos frequentados. Curiosamente este ano estou com vontade de dar lá um saltinho. Só se não chover, o que por sinal é muito raro neste dia. E a acontecer será mais ou menos nestes moldes Em nome do Pai e um beijinho a uma tia avó que não vejo desde o ano passado; do Filho e outro beijinho ao marido da tia avó; do Espírito Santo e eis que alguém se lembra de perguntar "Então, para quando um irmão para a Maria?!" Amén e vamos embora preparar os enfeites de Natal porque por esta altura as conversas resumem-se às flores raras da campa X, ao arranjo floral caríssimo, da campa Y e quem a viu e quem a vê e não sei quem já anda de cor e ainda lhe faleceu não sei quem há menos de meio ano e olha aquela que magra e olha aquelas botas, este ano é o forte.
Ou isto ou ficar todo o Santo dia em casa, em modo Dolce Far Niente. Ah, e correr também não seria má ideia.
Agora toca lá vestir algo decente, pôr um big laço na cabeça da pequena M e proporcionar-lhe mais um momento de diversão, no aniversário da pequena L. Enquanto isto, pai e tio vão-se divertir por aqui.